Cirurgia plástica interfere em aspectos psicológicos

Intervenção melhora auto-estima, mas expectativa deve ser real.

Não há dúvidas de que a grande maioria dos pacientes em consultórios de cirurgia plástica é do sexo feminino. Mesmo com o aumento no número de homens que se submetem as intervenções, as mulheres ainda predominam neste universo. Aumentar os seios, diminuir a barriga, corrigir alguma imperfeição no rosto – os motivos podem ser descritos em uma lista quase interminável. “A insatisfação com a imagem corporal é o fator que motiva a realização de uma cirurgia plástica”, destaca Alderson Luiz Pacheco, médico especialista em cirurgia plástica.
A autoimagem é a percepção que cada indivíduo possui de si mesmo. Quem é feliz com a sua própria imagem tem mais chances de ser autoconfiante, seguro, mais produtivo e possuir mais relações sociais. Já a insegurança, o medo de se relacionar e de se mostrar ao mundo é mais comum nas pessoas que não estão satisfeitas com a sua aparência. “Esta insatisfação acaba prejudicando a vida profissional, pessoal e social da pessoa, principalmente quando ela não consegue vencer essa barreira e decide se fechar”, explica Pacheco, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Para Pacheco a cirurgia plástica tem efeitos que vão além dos aspectos físicos. As questões emocionais e psicológicas estão intrinsicamente ligadas a este processo de mudança da autoimagem. “Às vezes é necessário compreender como a pessoa se vê para mostrar a ela o que é realidade e o que é fantasia da sua própria cabeça. Não é raro encontrar indivíduos com a imagem corporal distorcida. Mulheres magras, com corpo bonito e harmonioso, que insistem em dizer que precisam de uma plástica para ficarem bonitas ou pessoas que dizem ter defeitos que só elas enxergam”, ressalta.
A relação médico e paciente deve ser transparente e de confiança para que as expectativas não superem os limites do possível. As consultas iniciais têm como objetivo orientar o paciente, desconstruir estereótipos e deixar bem claro que a intervenção cirúrgica melhora o corpo conforme as condições e limites do organismo. “O médico deve ajudar o paciente a desfazer a imagem perfeita e ideal que ele tem em mente para o seu corpo. A plástica faz correções, deixa o que já era bom ainda melhor e equilibra a silhueta, mas sem exageros”, observa.
Por outro lado, sem distorções, a plástica pode ser uma grande aliada de quem sofre com a baixa auto-estima. As mudanças no corpo promovem transformações profundas e positivas no interior do indivíduo. “A desarmonia no corpo e os defeitos físicos ou estéticos vão ao longo do tempo minando a auto-estima. Após a plástica, o paciente precisa se recuperar fisicamente e psicologicamente. A mente se adapta lentamente a nova realidade e a recuperação da auto-imagem é progressiva”, esclarece o especialista, mestre em Princípios da Cirurgia utilizando o laser.
Mesmo em pessoas que não tem problema algum com a auto-estima, a cirurgia plástica promove o fortalecimento da sua imagem corporal. Pacheco evidencia que as transformações psicológicas ocorrem quando a pessoa deseja uma mudança em si mesmo e não em outras pessoas. “É um erro pensar que mudar alguma parte do corpo, ficar mais bonito, mais magro ou mais atraente vai conquistar alguém por si só ou agradar a familiares, ao cônjuge ou os amigos. As pessoas a sua volta vão ficar felizes pelo resultado, mas não vão mudar por causa disso”, declara.





Doutor Alderson Luiz Pacheco (CRM-Pr 15715)
Cirurgião Plástico
Fone:  41 3022-4646      
Endereço: Rua Augusto Stellfed, 2.176, Champanhat, Curitiba/PR