Botox rejuvenesce, mas deve ser usado com bom senso


Toxina minimiza rugas, combate a hiperidrose e pode ser utilizada em tratamentos contra enxaqueca crônica.

Há 20 anos mulheres do mundo inteiro passaram a usar uma arma poderosa contra o envelhecimento – a toxina botulínica. Popularmente chamado de botox, a substância caiu no gosto de quem quer eliminar rugas e marcas de expressão. “O botox é usado no Brasil para fins estéticos desde 1992 e o país é considerado pioneiro na aplicação da toxina com a finalidade de rejuvenescimento facial. A técnica proporciona muitos benefícios, mas deve ser usada com bom senso”, ressalta o médico Alderson Luiz Pacheco, especialista em cirurgia plástica e mestre em Princípios da Cirurgia utilizando o laser.
O botox é um dos procedimentos não-cirúrgicos mais utilizados para minimizar os sinais do tempo, que surgem principalmente no rosto. Não é possível impedir o envelhecimento, mas a aplicação da substância ajuda retardar este processo. “O botox bloqueia temporariamente a ação dos músculos faciais, minimizando as denominadas rugas dinâmicas. O objetivo é reduzir as expressões e não bloqueá-las, o que provocaria uma fisionomia congelada. É fundamental procurar um profissional especializado, que saiba utilizar os benefícios da toxina sem causar deformidades”, observa.
O cirurgião plástico esclarece que antes da aplicação é feita uma limpeza no local e os pontos da musculatura que receberão a toxina são marcados com gelo – a baixa temperatura reduz a sensação dolosa. O botox deve ser preparado no momento do procedimento e deve ser retirado do congelador na frente do paciente. “No final é feita uma espécie de imobilização, impedindo a migração da toxina para outras locais. Nas primeiras horas após a aplicação não é recomendado colocar a cabeça no travesseiro e nem a fazer movimentações faciais fortes”, aponta.
Quando a toxina botulínica é usada para melhorar a harmonia facial, os efeitos podem durar de quatro a seis meses. Se o método não for satisfatório basta interromper as aplicações. Porém, se o botox for utilizado como preenchimento, os efeitos são definitivos e se o resultado não for bom não há como voltar atrás. “O médico sério leva em consideração o que é possível fazer, o que ficaria bom, o que seria um exagero e a expectativa do paciente. O diálogo é essencial para chegar a um denominador comum”, destaca o especialista, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Pacheco explica que os efeitos do botox são mais duradouros se houverem alguns cuidados. Suplementos vitamínicos que possuem hormônios anabolizantes prejudicam os resultados, pois estimulam a hipertrofia muscular. A testa é uma região com músculos, se eles ficarem mais fortes haverá uma luta com a substância e sua durabilidade será menor. “Exposição solar intensa, água quente, excesso de expressões com a testa e a falta do uso de hidratantes aceleram o término dos efeitos. Para que o botox dure mais é preciso estar sempre atento a estas recomendações”, enfatiza.
Como qualquer outro tratamento, o uso da toxina tem contraindicações. Gestantes não podem se submeter à técnica e uso de antibióticos contraindica a realização do procedimento. O paciente deve informar ao médico o consumo de qualquer medicamento, inclusive os emagrecedores. “Quem costuma tomar remédios para emagrecer acaba prejudicando o tratamento, já que a queima mais intensa de gorduras reduz o tempo de duração dos efeitos”, alerta Pacheco, que atua na Clínica Michelangelo de Cirurgia Plástica, localizada em Curitiba.
Apesar de ser mais usado com fins estéticos, o botox também para promover a saúde. A hiperidrose, um distúrbio que causa suor excessivo nas mãos, pés e axilas, pode ser combatida com a aplicação da toxina. As injeções ainda são benéficas no tratamento de enxaqueca crônica. “O botox ajuda a prevenir as crises e é uma alternativa de tratamento que foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O mecanismo de ação ainda não é totalmente conhecido, mas os pesquisadores acreditam que a substância iniba a inflamação dos vasos sanguíneos da cabeça”, afirma.

Doutor Alderson Luiz Pacheco (CRM-Pr 15715)
Cirurgião Plástico
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